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Mosca-da-fruta - Do monitoramento ao controle

Atualizado: 27 de nov. de 2020


A mosca-das-frutas é um importante grupo de pragas na fruticultura mundial. Em diversos pomares, a incidência desse inseto representa a maior perda econômica, pois o maior dano causado é na fase larval, que ocasiona a destruição da polpa. e assim, do fruto. Ademais, é um dos principais fatores responsáveis pelo aumento do custo de produção deste setor agrícola, relacionado a grandes quantidades de inseticidas usados no controle da praga.

No Brasil, o prejuízo anual causado pelas moscas-das-frutas é de cerca de R$ 180 milhões. Nesse valor estão incluídas as perdas de produção, comercialização e custo de controle. Além disso, na exportação há grandes barreiras, pois alguns países importadores criam bloqueios específicos a esta praga.

O Pêssego é uma das principais cadeias produtivas de Pelotas, Canguçu, Morro Redondo, Piratini e Cerrito. Nessas regiões, ele integra uma das principais produções, principalmente para a agricultura familiar envolvendo cerca de 6 mil pessoas. É preciso dizer que apenas 13 indústrias produzem cerca de 95% do pêssego em calda do Brasil. Dado a importância disto, a Embrapa Clima Temperado começou a monitorar um dos principais insetos-pragas que atingem os pomares de pêssego. Com isso, foi criado o “Sistema de Alerta para monitoramento da mosca-das-frutas”, é um projeto que agrupa pesquisadores, extensionistas, produtores e representantes das indústrias na intenção de, semanalmente, lançar boletins e dicas estratégicas que orientam o uso correto de ações de controle deste inseto e ainda reúne indicações de manejos adequados para o período. O monitoramento é feito durante todo o ano, porém no período da safra se intensifica essas ações. Esse projeto é gratuito e disponibilizado pela Embrapa, bastando apenas o produtor ficar atento aos boletins técnicos.

Na Serra Gaúcha, desde 2017, a Embrapa expandiu esse programa de monitoramento da mosca-das-frutas e com o apoio da Emater começou a monitorar os municípios de Bento Gonçalves, Farroupilha, Pinto Bandeira e Veranópolis, Caxias do Sul, Cotiporã, Nova Pádua e São Marcos. Esses municípios representam 90% da produção de pêssego e ameixa para consumo in natura do estado. Os boletins estão disponíveis no site da Embrapa.

Os sintomas dos frutos atacados pelas moscas apresentam-se característicos, com aparecimento de halo de coloração escura com aproximadamente 2 cm de diâmetro em volta do local onde foi feita a postura. Quando as larvas nascem, este halo vai ficando com cor acastanhada devido ao apodrecimento da casca. É exatamente aí, sobre esses tecidos destruídos, que se desenvolvem certos fungos. A praga ataca preferencialmente as frutas expostas ao sol. Por apresentar um ovipositor mais longo, as espécies Anastrepha fraterculus e A. obliqua atacam indistintamente frutos verdes e maduros. Devido à “sucessão de hospedeiros”, moscas do gênero Anastrepha irão se transferir de diversas frutíferas, cujas colheitas são feitas durante o verão, para variedades precoces de outras culturas. As espécies deste gênero ocorrem em todas as regiões brasileiras. Em decorrência ao aparecimento das lesões nos frutos devido a presença da mosca-das-frutas, acarreta na redução da qualidade e produtividade dos pomares podendo chegar até 100% as perdas, não havendo o controle, e isso acarretará em grandes prejuízos financeiros aos produtores.

Após o aparecimento da mosca no pomar deve-se criar armadilhas para monitorar o nível da sua incidência no local. Trabalhando com a armadilha mais utilizada, o frasco McPhail, o controle deve ser iniciado quando for encontrada em média uma mosca por armadilha, por dia. Esse tipo de armadilha é feita de plástico ou vidro, para captura de machos e fêmeas.

O controle químico da mosca das frutas é realizado com a aplicação de inseticidas em cobertura total ou em iscas tóxicas. Elas são preparadas com adição de defensivos químicos a um atraente alimentar, muito parecido com o atrativo utilizado na armadilha McPhail. Devem ser colocadas em ruas alternadas, em apenas uma parte da copa das plantas, em torno de 1m², de preferência em folhagens, e serem renovadas a intervalos entre sete e dez dias.

Devido a frequência em que surgem, a não se manifestarem em somente uma região específica e a não atacarem exclusivamente uma qualidade de fruto, os estudos relacionados ao controle dessa praga são diversos e oferecem muitas opções ao produtor. Inclusive a ECAPE está desenvolvendo um guia agroecológico exclusivo para ti!


Fique ligado em nossas redes que logo estaremos o disponibilizando, incluindo alternativas para o controle da mosca-da-fruta e muitas outras pragas que são comuns na nossa região.

Tem problema com mosca-da-fruta? Chama a gente e vamos resolver. O manejo de pragas é um dos inúmeros serviços oferecidos pela ECAPE, basta entrar em contato para saber mais!

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