Mastite - prevenção ou combate?

A mastite bovina, que nada mais é que a infecção da glândula mamária, é uma das doenças mais importantes e que mais trazem prejuízos econômicos à produção leiteira e aos produtores do país. Pode ser causada por diversos fatores, como maus tratos físicos, uso excessivo de tratamentos químicos e por agentes infecciosos, sendo a última mais prevalente e mais comum.
Há alguns períodos fisiológicos e temporais em que o risco de infecção por agentes infecciosos no meio ambiente é aumentado e o cuidado deve ser redobrado.
No periparto, onde há uma grande pressão intramamária em função do grande volume de leite produzido, podendo exceder a capacidade e deixar o esfíncter aberto e no período de transição, um período crítico para aquisição de infecções intramamárias devido a oscilações na capacidade de defesa imunitária no úbere.
Durante o período de lactação, quando o animal é ordenhado o esfíncter do teto permanece aberto por até duas horas após a ordenha, nessas circunstâncias, a entrada de microrganismos presentes no ambiente ou no próprio teto do animal é facilitada.
Em épocas de chuvas, principalmente no período do inverno no Rio Grande do Sul, a incidência de mastite aumenta. Neste período ocorre a incidência de muita lama localizada, justamente no local de espera para a sala de ordenha, com consequente aumento de matéria orgânica, o que favorece e aumenta a possibilidade de contaminação e infecção da glândula mamária durante às duas horas decisivas após a ordenha, onde o esfíncter do teto estará aberto, ou seja, os animais estarão em um dos locais com maior incidência de infecção, coincidindo com um dos momentos fisiológicos mais favoráveis à contaminação.
Como já citado acima a mastite é uma das doenças que mais traz prejuízos à bovinocultura leiteira, dentre esses prejuízos podemos citar:
A redução de até 45% na produção de leite, levando em consideração que haverá o descarte do leite de vacas tratadas;
A depreciação da qualidade do produto e consequentemente a perda de bonificação com aumento de CCS;
O aumento expressivo de custos com medicamentos e gastos com assistência técnica;
Pode ocorrer o descarte de vacas;
Tempo extra perdido no manejo e na aplicação de medicamentos.
Diante disso, percebemos o quanto é facilitada a contaminação por agentes infecciosos que poderão causar a mastite no seu rebanho leiteiro e consequentemente aumentar os custos de produção. Entretanto, é possível reverter boa parcela da ocorrência infecciosa no rebanho apenas com manejos e boas práticas na pecuária leiteira que trazem um ótimo custo/benefício ao produtor.
Achou interessante essa alternativa de prevenção a mastite? Quer saber um pouco mais sobre os possíveis manejos e boas práticas que se aplicam a sua propriedade? A equipe da Ecape Jr. está esperando o seu contato para te auxiliar!
Referências:
Mastite bovina: definições e conceitos | Produção de leite
Mastite bovina: identificação e tratamento do problema mastite-bovina